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Os Diretores João Ricardo (centro) e Adejailda Oliveira (direita), Raimundo Covas (ACE) ao fundo, participaram da palestra e lançamento do livro. |
A AASA/BA, se fez presente na palestra e lançamento do livro sobre a saúde no trabalho no Ministério Público – MPT/BA.
Os autores retratam a reforma trabalhista como “uma série de ataques frontais à saúde e segurança do trabalho no Brasil”. Eles comentam que as mudanças possuem impactos radicais no adoecimento em virtude de atividade laboral, uma vez que a “integridade física daqueles que trabalham é tratada simplesmente como um limite à acumulação”. O texto foi escrito por Leonardo Osório, Juliana Corbal e Raymundo Lima, todos da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat), órgão do MPT, e pelo organizador da publicação, Vitor Filgueiras.
“Esperamos que as discussões deste livro contribuam para que os empregadores, representantes dos trabalhadores e agentes de regulação do Estado tenham mais um instrumental teórico e prático para refletir e atuar, além de contribuir para a melhoria efetiva das condições de trabalho nas diversas atividades econômicas existentes no Brasil”, concluem os autores do texto de abertura sobre as intenções a publicação.
Os autores Vitor Filgueiras e Sarah Carvalho fizeram um estudo sobre os padrões de ocultação do adoecimento laboral no país, apresentando “indicadores que sugerem que a ocultação pode estar sendo deliberadamente incrementada nos últimos anos”. Em seguida, Filgueiras analisa a individualização da saúde e da segurança do trabalho no Brasil. Esses primeiros capítulos traçam características da estrutura da gestão do trabalho no país.
Renata Dutra, autora do capítulo seguinte, traz indagações sobre as regulações do direito do trabalho pela Justiça do Trabalho. Na sua pesquisa, Renata analisa decisões judiciais de trabalhadores da área de teleatendimento. “O padrão de regulação desenvolvido pelo Poder Judiciário, analisado em seu conjunto e, sobretudo, no que toca aos processos remotos que levam ao adoecimento, acaba por tolerar formas de gestão do trabalho conducentes ao adoecimento”, comenta a autora.
AASA/BA, busca parceria com o MPT para questões de condições de trabalho, assédio moral e adoecimento da categoria.
O principal objetivo da participação é buscar a reaproximação do MPT com a categoria. “No momento que temos mais de 500 ACS e ACE em restrição por prováveis doenças relacionadas ao ambiente e condições de trabalho, cujo não tem um estudo sobre esses profissionais e nem as causas, é indispensável o retorno da presença constante do MPT nas relações de trabalho entre os ACS e ACE”, disse a diretora Adejailda Oliveira.
O diretor João Ricardo completou: “Nós precisamos combater o assédio moral e o abandono institucional que a categoria está sofrendo, por isso é fundamental estarmos aqui, mostrando presença e buscar com o MPT como um forte parceiro e aliado para combater os desmandos e a melhora na relação gestão x agentes nesse momento difícil’ – finalizou.